Durante a tarde da última quinta-feira (02/07) o BIG Festival recebeu David Brevik, o criador da série Diablo e do mais recente Marvel Heroes, que conversou com o jornalista André Forastieri e respondeu perguntas do público presente.

Brevik falou das dificuldades que todo desenvolvedor enfrenta no início de carreira como as negativas por parte dos publishers, e surpreendeu ao revelar que Diablo foi rejeitado dezenas de vezes, pois na época do lançamento da franquia acreditava-se que RPG era um formato superado, que não vendia mais.

A solução encontrada por ele foi então estudar o formato e inovar. “Os RPGS realmente eram lentos, o jogador precisava fazer muitas coisas, subir de nível, melhorar armas… e as lutas eram em turnos. Pensei em Diablo usar turnos no início, mas depois me convenci de que batalhas em tempo real seriam melhores para acelerar a jogabilidade” declarou.

Quando o assunto foi Marvel Heroes, David Brevik não se esquivou das críticas e admitiu que o jogo tinha problemas no início. A solução encontrada para encarar a enxurrada de reclamações foi abrir semanalmente os fóruns de jogadores junto ao resto da equipe e trabalhar intensamente para solucionar todos os problemas listados. Brevik acredita que a transparência em encarar e admitir os problemas do game e a dedicação para consertá-los foi determinante para recuperar a confiança dos players e reerguer Marvel Heroes.

Ao ser questionado sobre o que acredita que um desenvolvedor brasileiro sem recursos deve fazer no início de carreira, Brevik aconselhou que os profissionais aproveitem as facilidades da distribuição digital para fazer vários jogos, de vários estilos. “Um projeto inicial grande é difícil, façam jogos menores e variados e distribuam no Steam, Apple Store…”