Esse ano foi bem corrido (qual não é?) mas consegui jogar mais no console e no PC do que em 2014, em que fiquei basicamente nos jogos para Android e iPad. Acho que meus favoritos são bem mainstream, porque infelizmente não corri muito atrás de indies diferentões (que são minha paixão) esse ano. Fica a meta para 2016.

5. Batman: Arkham Knight

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É, eu sei dos problemas que o port para PC teve, e foi um micão sim. Eu joguei no PS4. Mas eu amo o maior detetive do mundo e achei que o jogo tem tudo que curto no homem morcego: muito goticismo, vilões insanos e apavorantes e investigações minuciosas que pedem paciência e olhar atento. O jogo fala dos desdobramentos do medo, e tem várias referências ao tema nos cenários, como cartazes de filmes de terror antigos. Acho que é difícil superar os dois primeiros games da série Arkham, mas me diverti muito com Arkham Knight e ainda quero explorar mais o cenário. Só não gostei do uso excessivo e obrigatório do batmóvel: achei que era uma questão minha ser muito ruim na direção do carro do Batman, mas vi muita gente reclamando da mesma coisa em fóruns de games.

4. Starcraft II: Legacy of the Void

Legacy of the Void

A última parte de Starcraft II estava sendo ansiosamente esperada por mim, que sou fã da franquia desde o primeiro jogo e já estava gostando muito do desenvolvimento da história em Wings of Liberty e Heart of the Swarm. O game é focado nos protoss, que são a raça que eu menos curto para jogar. Imaginem o drama de uma zerg convicta (sou o tipo que faz discursos sobre a eficiência do enxame, a natureza implacável, a eficiência do coletivo e outros aspectos da “filosofia zerg” para os amigos) tendo que se adaptar ao estilo de jogo diametralmente oposto dos protoss.

Legacy of the Void explora muito as unidades típicas da raça de Zeratul e traz novas unidades focadas em infiltração, uma estratégia muito típica de um povo que têm unidades caras mas com alto grau de camuflagem e resistência a danos. A história dos protoss é explorada de forma bem interessante: entendemos a jornada de um povo dividido em luta contra um mal que está descaracterizando até aspectos essenciais da raça, como a conexão mental entre os indivíduos. Tive que aprender a jogar focando muito mais em economia e expansão do que em poderio bélico e aprender a ser mais paciente nas jogadas de infiltração. Apanhei bastante mas foi um desafio ótimo, e hoje até olho com mais simpatia para meus rivais protoss. Mas não se enganem: o enxame nunca dorme.

3. Her Story

Screenshot do jogo Her Story
Screenshot do jogo Her Story

Eu sempre fui fã de séries de investigação criminal como C.S.I e Law and Order, e antes das séries eu amava as histórias da Agatha Christie e do detetive C. Auguste Dupin, criado por Edgar Allan Poe. Assim foi fácil amar Her Story, um jogo focado na investigação de um assassinato através do interrogatório da esposa da vítima, principal suspeita. Falei tudo que achei do game nesse review, mas acrescento que é uma ótima dica para pessoas que curtem esse tipo de história e adoram procurar pistas para montar sua versão da verdade.

2.  Bloodborne

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Jogo mais gótico do ano, Bloodborne é tão fascinante esteticamente que chega a ser um problema, já que lá a treta é forte e parar para ver o cenário na hora errada pode resultar em umas 100 mortes em 10 segundos. O jogo é lindo, a jogabilidade é viciante e é aquele tipo de game extremamente difícil que sabe dosar a frustração na medida certa para que você se sinta realmente irritado mas não o suficiente para desistir do game. Foi um dos títulos pelo qual torci muito nas premiações desse ano e acho um game extremamente bem feito em todos os aspectos. Vale a pena passar muita raiva e muitas horas nele.

1. The Witcher 3: Wild Hunt

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Esse foi vício mesmo. Eu estou jogando sem parar desde o lançamento, sendo a louca das sidequests e explorando todo o mapa. Um RPG bem humorado, envolvente e desafiador que certamente mereceu muito todos os prêmios que levou durante o ano. Apesar dos probleminhas de estereótipos e representatividade feminina que eu seria hipócrita se dissesse que não me incomodaram, o game é lindamente conduzido, os personagens são muito carismáticos e o mapa é enorme e cheio de possibilidades. Outro aspecto bem legal é ler o bestiário e ver as relações com a mitologia europeia que o jogo faz. Eu fico fascinada com o quanto as histórias dos monstros e maldições são bonitas e tristes. As aparições, que geralmente são mulheres mortas vítimas de violência de gênero, são especialmente tocantes.

Em 2016 quero ler todos os livros (já foram comprados, assim como as HQs) e mergulhar no universo de Geralt. Todas as estrelinhas para o bruxo. E a propósito, aqui é #teamTriss.